Trauma sexual: eu tenho?
- 4 de set.
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Os sinais de abuso sexual podem se manifestar tanto de forma psicológica quanto física.
Esses sinais podem não se tornar evidentes até anos após a ocorrência dos atos abusivos. Muitas sobreviventes de abuso sexual não conseguem conectar sua dor física e emocional atual com as experiências passadas de abuso sexual.
Uma pesquisa online realizada pelo National Pain Report e pela For Grace, uma organização sem fins lucrativos dedicada a melhorar o cuidado e o bem-estar de mulheres com dor, revelou que sete em cada 10 mulheres com dor crônica tinham histórico de trauma na infância. Nesse contexto, "trauma na infância" abrange abuso emocional, bullying persistente, abuso sexual, testemunho de violência, abuso físico e morte de um dos pais. Entre esses, o abuso sexual foi identificado como um fator ligado ao desenvolvimento de dor crônica mais tarde na vida.
Para sobreviventes de abuso sexual que enfrentam dor física ou emocional crônica, os dois podem estar interligados. Mesmo que a ação judicial não tenha sido movida inicialmente devido à ausência de sinais aparentes de abuso sexual, ainda é possível buscar justiça para a dor e o sofrimento sofridos. A colaboração com um advogado cível experiente ajudará a navegar pelas leis relacionadas à recuperação de danos pessoais e a determinar qualquer prazo de prescrição aplicável ao caso. Sinais típicos de abuso sexual em crianças menores
Comportamento regressivo, como urinar na cama ou chupar o dedo
Tem novas palavras para partes íntimas
Imita comportamentos sexuais adultos com bichos de pelúcia ou brinquedos
Resiste a tirar a roupa em momentos apropriados, como na hora do banho ou na hora de dormir
Tem pesadelos ou problemas para dormir
Sinais típicos de abuso sexual em adolescentes
Automutilação
Promiscuidade sexual
Medo de intimidade ou proximidade
Depressão e/ou ansiedade
Uso de drogas e/ou álcool
Sinais de trauma de abuso sexual em adultos
O abuso sexual pode causar sintomas de longo prazo do Transtorno de Estresse Pós-Traumático, como:
dificuldades de concentração
profundos sentimentos de culpa e vergonha
explosões emocionais
extrema aversão a certos lugares, cheiros, sons, pessoas ou situações
perda de memória
inquietação
vigilância
Os relacionamentos interpessoais podem ser afetados. Adultos que sofrem traumas de abuso sexual podem apresentar:
problemas de raiva e problemas com ressentimento
dificuldade em estabelecer limites ou dizer “não”
estresse fácil nos relacionamentos
medo de apego ou intimidade
medo de ficar sozinho
segredo e a incapacidade de se abrir ou confiar
O abuso sexual infantil quase sempre afeta os comportamentos sexuais, muitas vezes levando a:
confusão sobre identidade sexual
aversão ou medo de sexo
fugas mentais para desfrutar do sexo
indo além para “agradar” aos outros e ganhar aceitação
promiscuidade
fantasias sexuais de abuso, estupro ou confinamento
Também existem sintomas físicos associados ao abuso sexual na infância, como:
anorexia
dor crônica
problemas digestivos
distúrbios ginecológicos
dores de cabeça
distúrbios do sistema imunológico
dor nas articulações ou artrite
letargia e apatia
obesidade e compulsão alimentar
disfunção sexual
É crucial reconhecer e abordar as diversas maneiras pelas quais o trauma sexual pode se manifestar e impactar uma pessoa. Os efeitos podem variar de sintomas físicos a sofrimento emocional profundo. Buscar ajuda profissional é um passo importante para lidar e se recuperar dessas experiências.
Vale ressaltar que os sinais e sintomas que você mencionou podem estar associados a uma série de experiências, não se limitando apenas a traumas sexuais na infância. O trauma, em geral, pode ter um impacto profundo no bem-estar mental e físico de uma pessoa, e os efeitos podem se manifestar de diversas maneiras.
Alguns sinais e sintomas adicionais que os indivíduos podem apresentar devido ao trauma sexual incluem:
Flashbacks ou memórias intrusivas: reviver o evento traumático por meio de memórias angustiantes, sonhos ou flashbacks.
Comportamentos de evitação: Evitar lugares, pessoas ou atividades que possam desencadear memórias do trauma.
Hiperexcitação: sentimentos persistentes de ansiedade, irritabilidade, raiva ou dificuldade de concentração.
Depressão: Sentimentos de tristeza, desesperança ou falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas.
Dificuldade em formar ou manter relacionamentos: problemas de confiança, medo de intimidade ou desafios em estabelecer e manter conexões saudáveis com outras pessoas.
Comportamentos autodestrutivos: envolver-se em comportamentos de risco, abuso de substâncias ou automutilação como forma de lidar com a dor emocional.
Sintomas físicos: Dor crônica, problemas gastrointestinais, dores de cabeça ou outras doenças físicas inexplicáveis.
Dificuldades sexuais: além da dificuldade de atingir o orgasmo, isso pode incluir uma série de problemas, como dor durante o sexo, aversão à atividade sexual ou dificuldade em estabelecer intimidade.
É importante que pessoas que vivenciaram traumas entendam que não estão sozinhas e que há ajuda profissional disponível. Terapeutas, conselheiros e grupos de apoio podem fornecer assistência valiosa no processo de cura. O atendimento baseado em traumas reconhece o impacto do trauma sobre o indivíduo e visa criar um ambiente seguro e propício para a cura.
Se você ou alguém que você conhece está vivenciando os efeitos de um trauma, procurar um profissional de saúde mental ou um conselheiro pode ser um passo crucial para a recuperação. Eles podem fornecer orientação, apoio e intervenções terapêuticas para ajudar as pessoas a lidar com a situação e seguir em frente de forma saudável.


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